Maioria dos cães que circulam pelas ruas de Curitiba tem dono

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Guarda responsável e campanhas de controle populacional de animais são incentivadas por prefeitura e ONG.

Com um cão para cada quatro habitantes, Curitiba tem a população canina estimada em 450 mil animais. Destes, segundo a Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba (SPAC), 3% são cachorros sem donos, e 48% são semidomiciliados ( possuem donos, porem ficam soltos na rua). Com esse percentual o número de cães que circulam pelas ruas da capital é cerca de 229 mil animais. Para Soraya Simon, 42, responsável legal pela SPAC, o abandono é causado pela falta de consciência e de responsabilidade. “ Faltam medidas simultâneas e massivas de castração, controle do comércio e criadouros, registro animal, e de conscientização para diminuir o abandono ”, diz Soraya. A Prefeitura Municipal de Curitiba, através da Rede de Defesa e Proteção Animal (RPDA), que é um departamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), disponibiliza a cirurgia de castração gratuita aos animais, mas somente para famílias que possuem cadastro com a Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS). A RPDA informou que tem atuado na orientação sobre a guarda responsável de animais nas Escolas Municipais com o Concurso Veterinário Mirim. Segundo Tânia Bernadete Scopol, 52, diretora da Escola Municipal Centro de Educação Integral Jornalista Claudio Abramo, que fica no bairro Pinheirinho, zona sul de Curitiba, a escola sempre participa do concurso Veterinário Mirim, pois ajuda em conceitos sobre cuidados com os animais. Ela notou que houve maior sensibilização por parte dos alunos que participaram do projeto. “Eles fiscalizavam uns aos outros. Se alguém tentasse matar um mosquito o outro já dizia: – Não pode maltratar os animais – Criança é assim, absolve tudo”, diz Tânia. A auxiliar administrativo Sueli Romero,48 , moradora do Vitoria Régia, zona sul de Curitiba, que há 20 anos cuida de animais abandonados, tomou a frente da busca por solução.

Além de recolher oito cachorros, três gatos, e uma tartaruga, todos animais abandonados, ela exercer guarda responsável. Com vacinação em dia e castração dos animais pagos com recursos próprios ela lamenta os critérios utilizados pela prefeitura para disponibilizar a cirurgia de castração gratuita aos animais. “Se a prefeitura pelo menos ajudasse com a castração desses animais. Sei que eles tentam, mas nem todos que podem participar do programa vão. A gente que quer não pode”, diz Sueli. E complementa "Imagina se ganhasse (sic) essa bába, da Mega Sena, compraria uma chácara e levaria essa bicharada abandonada toda para morar comigo”, conclui Sueli.